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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Google Wallet: o futuro do dinheiro (quase) chegou




“Uau, como você fez isso?”. Eu não disse nada quando o caixa de uma loja perguntou para mim como eu tinha pagado a conta. Eu só aproximei meu celular do terminal PayPass. E a grana vazou do meu Nexus S, e foi para os cofres de alguma corporação. Mágico!
Mas mesmo assim eu tive que clicar no console burro de crédito se eu queria que o pagamento fosse no crédito ou no débito. E depois eu tive que esperar minha via ser impressa. O que fez com que minha tentativa de ser um misterioso estranho com uma misteriosa e mágica tecnologia que após tudo isso sumiria na neblina falhasse totalmente, já que seria muito estranho se eu ficasse em silêncio total durante 45 segundos na frente do atendente.
O Google Wallet é claramente uma espiada mais profunda em como será o futuro suave e escorregadio do dinheiro — a MasterCard parece uma empresa grande o suficiente para apostarmos nesse conceito macabro e futurista, eu acho — mas ele ainda é muito 2011. As pequenas fricções surgem por todos os lados.
Se você não está familiarizado com o Google Wallet, leia isso, ou acompanhe a versão bem resumida a seguir. (Bem resumida, já que o Google Wallet é uma junção de vários pequenos detalhes.) O Wallet é um app que permite que você pague por serviços usando seu smartphone, seja por meio do seu cartão de crédito (ou cartões), seja por meio de cartões pré-pagos e gift cards. Esse é o lado do software.

Usando um chip NFC embutido ao seu celular, é só encostá-lo em um terminal. Nada de passar cartão. Esse é o lado do hardware.
 Essa cena toda? Ela é a razão de pensarmos que um celular com Google Wallet é potencialmente mais conveniente do que um cartão de plástico. Promoções + pagamento + cartão de fidelidade em um gesto.
Mas o formato do Google Wallet hoje é bem diferente. O app Wallet chegará aos smartphones Nexus S 4G da operadora Sprint — e apenas nesses aparelhos. (O Google prometeu uma espécie de adesivo NFC que permite que smartphones sem NFC usem o Wallet, mas eles ainda não deram detalhe nenhum do sistema — mais especificamente, quando eles serão vendidos.) O sistema funciona exclusivamente terminais PayPass, da MasterCard, limitando muito o número de lugares em que o Wallet é útil nos EUA, apesar de o Google anunciar hoje que está licenciando as especificações do NFC para Visa, Discover e AmEx. (Para mim, em Nova York, o único lugar utilizável no momento são alguns táxis.) E, para completar, apenas os cartões Citi Mastercard reúnem todos os benefícios do Google Wallet — por enquanto, para pagar com algo que não seja gift card, é preciso recarregá-lo com um cartão pré-pago do Google, com dinheiro de sua conta, por meio do Google Checkout. Tudo isso diminui toda a conveniência potencial do Google Wallet nos dias atuais.
Assim, minha experiência com o Google Wallet foi provavelmente muito semelhante a experiência de outros testadores: uma novela, basicamente. Isso depois de carregá-lo com dinheiro, o que é algo estranho, já que parece que eu me dei a permissão de gastar dinheiro, já que eu não pude usar meu cartão próprio para colocar dinheiro.
O Wallet irá resolver vários problemas, talvez até antes do que você imagina, mesmo se levarmos em consideração como a indústria financeira evolui lentamente. Porque o dinheiro, e a infraestrutura para isso — novos terminais em todas as lojas — é um jogo de escala. E o Google tem escala. Seus parceiros, como a Mastercard, a Visa, e o Citi, têm escala. Eles precisam que as pessoas embarquem na ideia. E eventualmente isso invadirá tudo como uma grande onda. Porque ele estará em vários telefones. Funcionará com um monte de cartões e bancos. E em várias lojas. Nesse momento, será algo tão natural quanto sacar o cartão de crédito. Talvez até mais natural, já que eu estou sempre com meu smartphone. No entanto, é óbvio que isso é apenas o começo para o Google. O Google não quer substituir apenas seus cartões de crédito — há uma razão para ele se chamar Google Wallet, e não Google Money ou Google Cards.

fonte: Anderson Martins, Economista Paulista.

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